terça-feira, 5 de abril de 2011

Pra que jornalismo? Jornalismo pra que?

Não, eu não posso deixar na mão as pessoas que leem esse blog, por isso eu vou postar um texto que pode parece distante do assunto principal do blog, mas que acredito ser válido, boa leitura.

Eu já escrevi poesias, aliás, essa foi a minha primeira experiência com o mundo das palavras, nunca me senti um poeta, rimar não é fácil, e é um dom especial de poucos, dom que nunca tive.

Meus textos não rimaram e passaram a ser contos, ou simplesmente relatos que traziam na maior parte do texto, o tema amor.

Essa forma leve e sem regras de escrever foi esquecida quando o jornalismo entrou na minha vida, e o que antes era dotado de “texto bonitinho” foi substituído pelo formal lead, hoje minha ferramenta na hora de escrever, o menino que antes lia Machado de Assis, hoje é o homem que lê Cremilda Medina.

O blog foge da formalidade, é uma espécie de parque de diversões, aqui eu não trabalho, aqui eu escrevo sem regras, do jeito que eu quero, aqui eu me divirto.

O texto abaixo talvez não se enquadre em nenhuma classificação literária, mas eu também não me classifico. O assunto é, porque escolhi fazer jornalismo?

Ai vai ...

Janeiro de 2008, ano complicado, último ano da escola, e agora? O que fazer da vida, uma coisa era certa, queria fugir da matemática, que não me escapa desde o primórdio estudantil de minha vida.

Pensei em fotografia, assistindo jogos de futebol, vi que aqueles homens que vestem amarelo faziam imagens incríveis que saiam no jornal na manhã seguinte, ou na internet, minutos depois. Aquilo era perfeito pra mim. Será? Não sei, eu mal consigo tirar fotos nos aniversários de família, quem dirá em um campo de futebol? É, fotógrafo não, eu não tenho o dom pra isso, espere, olhe o outro cara de amarelo, que veste um camisa azul por baixo do colete, isso, aquele com o símbolo da Globo no peito, o que ele faz? Ah, ele é repórter de campo, é jornalista! Será que é legal ser jornalista? Olha, jornalismo é legal, não tem matemática. Talvez Machado de Assis tenha sido jornalista, talvez aqueles bobagens que escrevo nas paginas de trás do caderno sirvam pra alguma coisa, talvez eu possa ser jornalista.

Pesquisas, conversas, pensamentos.. O tempo passou e em dezembro do mesmo ano tive a certeza de que seria jornalista, me apaixonei pela profissão, apenas pesquisando e conversando com profissionais, decidi embarcar nessa, com a alternativa de cair fora se não gostasse.

Mas gostei, em 2009 já estava eu lá, todo apaixonadinho pela faculdade e pelo jornalismo, lia tudo, escrevi muito, coisas sem sentido, o lead eu só conheci depois, então meus textos saiam sem pé nem cabeça, afinal eu era um comunicólogo em formação. Dessa época saiu um lindo texto chamado “o Tempo” que qualquer hora trago aqui para vocês, um conto meio poético e meio sem lógica.

Hoje tenho a certeza de que serei jornalista e de que fiz a escolha certa. Talvez eu não substitua o Wiliam Bonner no Jornal Nacional, talvez não seja polêmico como o Kajuru, talvez não entreviste tantas pessoas como o Jô e a Marília Gabriela, talvez eu não faça parte da equipe de esportes da globo, talvez eu não tenha um blog tão lido quando o do Noblat, mas se eu alcançar o objetivo de levar a informação a um grupo de pessoas, já estarei satisfeito, e se eu não alcançar esse objetivo? Ai terei a certeza de que não me esforcei o bastante.

"Eu sonho alto, com o pé no chão, sim isso é possível, basta acreditar e ao invés de ficar esperando seu sonho acontecer, levante e corra atrás."