segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu recomendo ...

Jornal Nacional, modo de fazer! Essa é a minha indicação, um livro lançado em 2009 que só agora tive a oportunidade de ler; nele, o autor, o âncora Willian Bonner conta um pouco de como é feito o JN, fatos dos bastidores e muitas historias que fazem parte da vida da televisão brasileira.
Confesso que o fato de ser um produto da Rede Globo a princípio me assustou, porém, como bom leitor, encarei, e me surpreendi, pois ele não trás um puxa-saquismo, muito pelo contrario, ele é bom para quem esta estudando a área, ou para quem simplesmente ama televisão.
Tomo a liberdade de reproduzir a sinopse do livro, para que vocês sintam com as palavras de Bonni o quão interessante é essa obra

Este livro tem o objetivo de mostrar de maneira clara, mesmo para quem não seja profissional do jornalismo, como é construído, dia a dia, o telejornal de maior audiência do Brasil.
Quais são os critérios para selecionar os assuntos publicados pelo Jornal Nacional? Eles estão explicados aqui.
O cronograma de um dia típico na redação é detalhado em todas as etapas, com exemplos que permitam ao leitor compreender sua importância. E uma parte substancial do tempo de leitura será consumida (prazerosamente, espero) num mergulho em edições atípicas do JN: aquelas que saíram completamente do formato habitual por força de alguma notícia ou de algum evento de magnitude. O barco que era para ter sido usado na Caravana JN e que não foi. Os bastidores de um JN apresentado na laje de um prédio em construção. O dia em que freiras salvaram o Jornal Nacional.
Jornal Nacional: Modo de Fazer não é como a receita tradicional, imutável, de um bolo. Para chegar aos 40 anos com a importância que tem, o JN mudou sua receita muitas e muitas vezes, ao sabor das novas tecnologias, do amadurecimento da democracia, do crescimento do Brasil. Mas é com orgulho que os profissionais do JN em 2009 notam, no atual "modo de fazer", a manutenção do respeito ao compromisso original de mostrar as principais notícias do Brasil e do mundo com clareza, isenção, pluralidade e correção.

Fica aqui então a dica para uma agradável leitura, Até a próxima pessoal.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mídia na História

Olá caro leitor, cá estou outra vez, hoje vamos rever coisas que vimos ou deveríamos ver na escola, naquelas incessantes aulas de história, ou de estudos sociais a quem é um pouco mais velho.

Pois bem, a história do nosso Brasil é estudada por nossos jovens começando com o descobrimento, o que torna o ensino histórico um pouco maçante e cansativo, entretanto, a história começa a ficar mais interessante conforme se aproxima dos dias de hoje, eu uso como exemplo a Era Vargas, e o fim da Republica Velha.

Uma grande parte dos alunos de Ensino Médio (digo isso com propriedade, pois sai do mesmo há dois anos) não mostra interesse algum pela historia do nosso país, todavia, eu sempre nadei contra a corrente, então aquilo tudo de fatos históricos me envolvia e me deixava intrigado a pesquisar e cada vez mais descobrir coisas novas.

Antes que vocês me perguntem o que isso tem a ver com mídia, principal tema do blog, digo-lhes que ao fazer uma pesquisa sobre a Revolução de 30 e a Revolução Paulista de 32, eu conheci fatos que antes não tinha visto, nem mesmo no Ensino Médio, e são esses fatos que aqui conto, pois, quero passar essa historia real para todos aqueles que querem estudar jornalismo, ou que de forma passiva se interessam pelo assunto, iremos ver aqui um traço de um assunto que é muito discutido, a ética no jornalismo.

Antes de entrarmos a fundo no assunto de mídia, é preciso que se conheça alguns personagens, um deles é João Pessoa, hoje a capital da Paraíba, leva seu nome como forma de homenagem, mas quando em vida, quem foi João Pessoa?

Nascido em Umbuzeiro (terra do ilustre Assis Chateaubriand), João Pessoa se tornou político por influencia do tio Epitácio Pessoa, e seu ápice na historia nacional se deu em 1930, quando aceitou ser candidato a vice-presidência, assim, apoiando Getulio Vargas na revolução de 30.

João Pessoa poderia passar despercebido na historia nacional, pois, não era o único a apoiar Getulio naquela época e seu influencia política na Paraíba, não serviria de muita coisa para ser lembrado até hoje, porém sua morte foi o estopim para a Revolução de 30, e assim, João Pessoa até hoje é lembrado na historia da nossa Republica.

Caro leitor, é a partir de agora que vamos discutir sobre mídia, pois é ela que está relacionada a morte de João Pessoa, porém, antes de mergulharmos nesse mar da ética jornalística, vamos conhecer um pouco mais sobre o nosso outro personagem da vida real, João Dantas.

Quis o destino que Pessoa e Dantas tivessem o mesmo nome, João. Mas não é somente o mesmo nome que os aproxima, João Dantas foi um jornalista paraibano que tinha grande como inimigo político João Pessoa, de forma natural Dantas não concordava com a ideologia de Pessoa no comando da Paraíba, e usava a imprensa, já que era jornalista, para atacar João Pessoa, e a briga deles se estendiam pelos jornais paraibanos, porém, o cunho político dessa briga foi deixando de lado, quando por ordem de João Pessoa, a Polícia Paraibana invadiu o escritório de João Dantas e apoderou-se de objetos do jornalista, entre outras coisas, os policias levaram com eles, cartas de amor, sim caro leitor, cartas de amor! João Dantas mantinha um caso com a poetisa Anayde Beiriz.

O jornal estatal, 'A União' , fazia suspense diariamente, ao comentar sobre documentos imorais que haviam sido encontrados no escritório de João Dantas, além de acrescentar que os interessados poderiam ter acesso ao material, na sede da Polícia, os mais íntimos de João Pessoa sabiam que nada era publicado no jornal oficial, sem sua aquiescência, e a correspondência veio a público, dias depois da invasão

A relação amorosa de Anayde e Dantas caiu na mídia, como hoje cai uma fofoca, porém, essa historia de perdeu no sentido light do jornalismo, e estampou as paginas mais hard, ou seja, as paginas policiais

A confeitaria gloria foi o local, João Dantas disparou e matou João Pessoa, aquele momento havia entrado pra historia, mais que motivos políticos, aquela morte levava um motivo pessoal, e a mídia meus caros, foi uma verdadeira arma, pois Dantas disparava com palavras seu descontentamento com o governo de Pessoa, e o então governador da Paraíba retribuía, usando um jornal estatal para atacar João Dantas.

A ética passou longe desse caso, e o rastro de sangue criado é impossível de ser limpo da historia brasileira, vale dizer que após a morte de João Pessoa, o povo paraibano criou a imagem de herói ao político que hoje dá nome a capital, renegados por todos, João Dantas e Anayde Beiriz cometeram suicídio (a poetisa foi enterrada como indigente).

Eu gostaria de pedir agora a sua opinião caro leitor, a que ponto a mídia pode acabar coma vida de uma pessoa pública? As palavras realmente tem poder? Vale ressaltar minha fonte de pesquisa, e para quem quiser ler e conhecer mais a historia dos personagens aqui citados, o site “recanto das letras” reproduziu um texto de 2005, postado no site do governo paraibano, no link abaixo, vocês podem acessar e ler esse texto, dê sua opinião!

(http://recantodasletras.uol.com.br/resenhas/564974)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Encontro das Damas

Quem pode presenciar do seu sofá na madrugada de ontem o SBT, saberá do que eu estou falando, na madrugada de ontem, ao terminar o programa Silvio Santos, por volta da meia noite, uma vinheta que a muito não tocava, abrilhantou a madrugada de Domingo, [...] Lá vem ela, Marília Gabi Gabriela [...]
È isso mesmo caro amigo leitor e internauta, ontem Marília Gabriela fez ressurgir o seu programa de entrevistas “De frente com Gabi” e como a própria jornalista definiu, sua volta ao SBT não poderia ter sido melhor, de frente com a entrevistadora esteve a sempre elegante rainha da televisão, Hebe Camargo.
Marília Gabriela, (com a qual tomo a intimidade de fã de chamar de Gabi) talvez estivesse mesmo precisando voltar a uma emissora de TV aberta, pois, para quem não sabe, desde 2002 a entrevistadora esteve no GNT, canal de TV fechada do grupo GLOBOSAT, pertencente ao Grupo Rede Globo.
Trocar “a emissora plin-plin” pela “emissora mais feliz do Brasil” deixou Gabi novamente aos olhos de todos, e para aqueles que gostam de ‘zapear’ os canais na madrugada atrás de boa programação, o “de frente com Gabi” se torna um prato cheio, pois sempre carrega a certeza de bons entrevistados e de boas perguntas, daquela que é a melhor entrevistadora do Brasil.
E por falar nisso, já na Madrugada de ontem, Gabi teve o prazer estampado no rosto, e mesmo com seus 62 anos, parecia uma criança ganhando um presente de natal; a amizade com Hebe Camargo, deixou a entrevista ainda mais gostosa de se ver, claro que sou suspeitíssimo para falar, pois amo o gênero entrevista e é um dos meus objetivos profissionais, entretanto, com o olhar critico de telespectador e não de estudante sonhador, posso garantir que o programa foi de qualidade, como sempre, uma espécie de padrão Marília Gabriela.

Papo com a Hebe
Como já citei acima, o fato de Hebe e Gabi ser amigas, quebrou qualquer tipo de insegurança que poderia existir, o que deixa a entrevista mais leve e divertida, pois dessa forma, a Gabi nada precisa fazer para ‘quebrar o gelo’ e nem mesmo introduzir a principio questionamentos leves e desinteressantes a fim de estudar o entrevistado, ontem nada disso foi presenciado.
Hebe Camargo, a rainha da televisão como sempre foi divertidíssima e para provar essa suavidade e leveza da entrevista, qual eu citei acima, o primeiro tema abordado foi a doença que Hebe teve a alguns meses, o Câncer constatado, o tratamento e o pós Câncer foram abordados de forma elegante e respeitosa por parte da Gabi e respondido com seriedade, irreverência e prontidão por Hebe Camargo.
Claro que o tema televisão não poderia ficar de fora, e Hebe contou um pouco mais sobre sua carreira e fez ainda criticas a qualidade da TV brasileira hoje, em um trecho da entrevista Hebe ressalta essa crítica, diz que mulher de fio dental é um desrespeito ao telespectador e que bunda e peito grande não é talento.
Hebe por vezes elogiou Gabi, mas não de forma chata e maçante como costumam ser os elogios de famosos, aquele grude e ‘melação’ sem noção não existiu, pois diferente do puxa-saquismo, aqueles elogios eram reais e sinceros.
A conversa se abriu em um leque de assuntos diversos, televisão, saúde, amores, homens, mulheres e a vida de uma forma geral, chega ser impossível destacar tópicos de assuntos, pois, não houve uma entrevista do tipo ping-pong ( perguntas e respostas) mas sim um diálogo, onde uma discordava da outra elegantemente, e aceitava o ponto de vista distante do seu.
A rainha da TV não fugiu de nenhuma pergunta, respondia na lata tudo que lhe era perguntado, e Gabi também não deixou de perguntar nada, se sentiu em casa para explorar o mundo da amiga;
O papel de admiradora estava estampado na cara de Gabi, mas quem não admira Hebe Camargo? O Brasil ama essa mulher e por isso, o jeitinho fã de jornalista da entrevistadora não mudou o rumo e nem a qualidade da entrevista.

Marília Gabi Gabriela
Sem querer ser repetitivo, mas talvez já sendo, pessoalmente sou suspeito para falar de Gabi, fã do formato e do gênero de seu programa e de sua imagem de entrevistadora, procurei me abster do desejo de fã e tentei ser o mais neutro possível, e desta forma ‘peneirei’ minha opinião para postar aqui, e quero ler uma opinião inversa as que aqui estão expostas.
Desejo como fã que Marília Gabriela siga com a veracidade do seu programa e que o queridíssimo Silvio Santos não a tire do ar, pois apesar do programa começar bem tarde, as madrugadas de domingo nunca estiveram em tão boas mãos; a responsabilidade está entregue ao talento daquela que é a dama da entrevista aqui no Brasil, para quem assim como eu, é fã de programas de entrevistas, fica a dica, podemos ver na TV aberta de segunda a sexta o Programa do Jô, e aos domingos Marília Gabriela, com o "De frente com Gabi"