terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tô Frito

Olá queridos leitores, segunda-feira passada, dia 23, estava eu em frente à TV, assistindo o divertido programa CQC, o qual sou fã declarado, mas, tenho o costume de desligar a televisão e ir dormir após o término do mesmo, porém, o apresentador Marcelo Tas, anunciou antes de se despedir a estréia de um programa chamado “Tô Frito” e lá foi se embora meu sono, a curiosidade era grande, e esperei para ver como era esse programa.
Na verdade, o gênero que mais se enquadra nesse tipo de programa não é a série em si, e sim o chamado Soup Opera, ou seja, novela que não tem uma grande quantidade de capítulos. “To frito” conta uma história divertida e com capítulos curtos, faz com que você não desgrude os olhos da tela, e que ao final lamente-se por ter terminado tão rápido.
Na noite de ontem, foi ao ar o segundo capitulo da série, e vocês devem estar perguntando, por que eu esperei tanto tempo pra fazer essa postagem? Eu explico, a informação que me chegou era de que essa série iria estrear na MTV, porém, eu acredito não estar ficando louco, e ter assistido na Band.
Averigüei a informação e percebi que nem minha fonte, nem eu estávamos errados, a série será transmitida pelos dois canais, Band e MTV, e confesso que fiquei surpreso, pois nunca vi isso acontecer antes.
É natural que a MTV queira transmitir essa série, pois a emissora tem um publico alvo jovem, tudo a ver com a novelinha, sem dizer que a MTV já tem uma experiência recente com esse gênero, o “Descolados” tem uma cara bem parecida.

O que não podemos deixar de citar é a carga publicitária que a série carrega; os produtos da marca Nestlé aparecem em diversas cenas, o que tem tornado a série alvo de criticas por algumas publicações blogueiras que li por ai, sei que não estou aqui para defender ninguém, mas eu confesso que não me senti atingido pela publicidade a ponto de deixar a série chata, muito pelo contrário, é tudo bem leve e mesmo que os produtos apareçam, eles fazem parte da cena e não tiram o sentido dela. Sem contar que é necessário ter a publicidade, pois é da onde se tira um rica quantia em dinheiro. Cada um tem sua opinião, fique a vontade para expressar a sua também, amigo.

Deixo a dica aqui caro leitor, se você perdeu os dois primeiros capítulos, não deixe de usar o Youtube para correr atrás desse atraso, assim, poderá acompanhar essa divertida série, que pode não parecer, mas tem tudo a ver com o dia-a-dia de muita gente.

domingo, 29 de agosto de 2010

A identidade Kajuru

Olá leitores, Aqueles que me conhecem sabem da minha paixão por esporte, e sabem que entrei no jornalismo a fim de trabalhar na área esportiva; minhas maiores influências e espelhos são: Juca Kfouri, Paulo Vinicius Coelho (PVC) e Jorge Kajuru, além de outros tantos que apesar de fazerem parte de gerações diferentes, são meus ídolos.

O último que citei, é o mais polêmico de todos eles, Jorge Kajuru é muito conhecido por não ter papas na língua, fala tudo o que lhe vem a cabeça, e usa o jornalismo investigativo como uma ferramenta para o assunto esportes. Detentor de uma opinião forte, o jornalista está fora das emissoras da rede nacional, e hoje apresenta um programa no interior de São Paulo.

Na tarde/noite de ontem, Kajuru participou do quadro “pra quem você tira o chapéu” um tradicional formato do programa Raul Gil, aliás, o apresentador do SBT vinha anunciando a participação do jornalista á mais de duas semanas, quando o apresentador Ratinho esteve no mesmo quadro.

Ao ouvir Raul Gil dizendo que convidaria Kajuru para participar do programa, eu ri. E poucas pessoas entenderam, foi ai que comentei com um colega, que o Kajuru não era amigo do Raul Gil, que quando apresentava um programa no SBT havia criticado duramente o animador de auditórios.

Fiquei em choque, quando ontem vi Kajuru entrar no palco de Raul Gil, os dois se abraçaram e se diziam amigos, Kajuru estava aparentemente magro e usando uma prótese no olho, fato que se deu pelos problemas de saúde que o jornalista havia passado e pelo que sei, ele tem diabetes e ficou em depressão por um período.

Segundo Kajuru, Raul Gil o ajudou nos momentos difíceis, porém eu não podia acreditar em nenhuma palavra daquilo, será que o Kajuru que me fez escolher a profissão de jornalista esportivo havia morrido? Será que ele havia se vendido a TV? Para que tanta falsidade?

O quadro continuou e Kajuru não tirou nenhum chapéu, fez suas criticas de sempre e declarou que aquele seria o seu ultimo programa na televisão, e que estava enojado do futebol e da bandalheira que havia se tornado a TV e o Esporte.

Aquilo tudo não me saia da cabeça, precisava escrever, mas antes queria encontrar provas e achei o vídeo em que no seu antigo programa Kajuru ataca Raul Gil. O vídeo em questão é sobre Renata Fan, mas ele cita Raul Gil como: "imbecil e defensor de Deus e do diabo"; é a prova que eu precisava.

Jorge Kajuru me decepcionou, e acredito que com o seu afastamento da TV, o que resta para nós é guardar o momento bom de sua carreira, quando ele estava bem de saúde e quando ele era verdadeiro. Se antes havia alguém que defendia o jeito Kajuru de fazer jornalismo, essa pessoa era eu, porém hoje fico com um pé atrás e me perguntando se um dos poucos jornalistas verdadeiros na área de esporte, enfim vendeu sua alma ao poder da mídia. Dê sua opinião.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ser gay virou moda

Olá querido leitor, vamos polemizar um pouco com a postagem de hoje?

Todos nós seres humanos somos livres para escolher, o que vestir no nosso dia-a-dia, com quem se relacionar, o tipo de filme que queremos assistir, entre outras escolhas que cabe somente a nós. Porém dizem por ai que as pessoas escolhem também sua sexualidade, mas eu discordo, acredito que ser homossexual não é questão de escolha, a pessoa nasce assim, e desta forma tem que ser respeitada.
A mídia faz um desenho preconceituoso dos gays, em programas de humor, por exemplo, o gay é visto com a bichinha sensível, o que torna o personagem engraçado, mas que abre as portas para o preconceito, e eu digo isso como mero observador, pois não sou gay e nunca sofri nenhum tipo de preconceito, acho difícil então, comentar o quão ruim é sofrer esse tipo de sofrimento psicológico.
Fugindo dos programas de humor, vamos direto as novelas, séries e grandes filmes, pense em um ator alto, forte e com cara de mal, logo em sua cabeça se desenhará um filme de ação, mas se eu disser que ele é gay? Ai talvez o filme possa se transformar em comédia, não é mesmo?
Conforme dita a mídia, os heróis não podem ser gays, os mocinhos de séries de ação, de aventura, ou gêneros parecidos não podem ser gays. Acabaríamos com a série infantil, se disséssemos que o Barney não passa de um dinossauro roxo e gay.
Existe outro lado que tem sido bastante explorado e que na minha opinião é outro desrespeito com os gays, assumir que é gay virou noticia de fofoca nos últimos tempos, e coincidentemente (não pra mim), os artistas que se dizem gay, estavam na geladeira, jargão que se usa pra mencionar artistas que estão fora do ar, ou passando por um momento difícil na carreira.
O primeiro a estourar na mídia foi o cantor, Ricky Martin, e não sei dizer se ele estava fazendo sucesso ou não, então podemos deixar o caso dele aberto para discussões, será mesmo que ele é gay?
O segundo caso que eu tomei conta foi o do cantor Netinho, sim, aquele do “óhh Milaa, mil e uma noite de amor com você” em entrevista para um programa da Record (só podia né?) o cantor baiano diz que assumiu ser gay também, depois de ter visto o caso de Ricky. Não sei na Bahia, mas se considerarmos o Brasil inteiro, teremos um típico caso artista sem sucesso ultimamente, ou seja, ele poderia ter usado muito bem essa história de ser gay para estar em evidencia na mídia novamente, não? Fica a critério de vocês analisar e dar opinião.
O caso que me fez escrever essa postagem é o do ator David Yost,o mais recente caso da saída do armário; Yost é famoso pelo papel do Power Ranger Azul, na série que fez parte da maior parte da minha infância. Agora lendo a notícia completa e pesquisando sobre a carreira do ator, encontrei um dado que me chamou a atenção, Ele deixou a série em 1996, depois de ter seu salário diminuído. Ah, desculpa ai, mas é muita coincidência para eu aceitar, o cara vinha sem emprego, sem sucesso, que outro papel ele fez além do Power Ranger?
Para sua defesa, li também a declaração que dizia que ele sofria preconceito quando atuava na série, tudo bem, isso pode ser verdade, pois é possível e acontece sim. Mas por que ele não veio dar essa declaração em 1996? Analise você leitor.
O que quero dizer com tudo isso é que sexualidade não tira competência, temos que parar de julgar as pessoas por suas escolhas.
Analise pessoal, será que todos os artistas citados acima são realmente gays? Se for verdade, eu irei queimar minha língua, e respeitá-los, afinal ser gay não muda nada, por outro lado, a possibilidade de eu estar certo também existe, afinal, pelo que me parece, ser gay virou moda.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A nova TV dos metalúrgicos

Olá querido leitor, sou uma pessoa de sorte, um dia depois de ter falado sobre os assuntos: “comunicação em massa” e “mídia radical” eis que surge um exemplo factual que com certeza irá gerar discussão.

Lendo a Folha de São Paulo de hoje (terça-feira 24 de agosto de 2010), me deparei com a notícia sobre o lançamento da TVT, do sindicato dos metalúrgicos, e agora tomo a liberdade de reproduzir trechos, e somente destacar alguns pontos já que a folha não deu o enfoque de relevância para a mídia em si , e mais para a presença de Lula no evento de lançamento.

[...] Em discurso ao lado do presidente Lula, o ministro Franklin Martins (comunicação social) criticou a imprensa e disse que os jornais e emissoras de TV vão perder o controle sobre as notícias levadas á opinião publica. [...]

[...] O diretor do sindicato Valter Sanches, disse ter planos ambiciosos para competir com as grandes redes: “Queremos fazer jornalismo investigativo de fato, sem atender interesses políticos” [...]

[...] Em discurso lido, o presidente Lula disse que a emissora evita que os trabalhadores “continuem impedidos de exercer a liberdade de expressão”. “O brasileiro sabe distinguir o que é informação e o que é distorção dos fatos” [...]

Folha de S.Paulo A2Poder

Ok, ok, eu poderia expressar opiniões e pontos de vista partindo pra vários caminhos, mas vamos analisar os comentários feitos, primeiro o do ministro da comunicação social, Franklin Martins, ele usou as palavras “perder” e “controle” o que me faz discordar totalmente dele, pois pra mim, os jornais e emissoras de TV nunca vão perder esse controle sobre as noticias levadas a público, e partindo da certeza de que essa TVT é uma mídia radical, a grande massa em nada será afetada, ou seja, por tabela eu discordo do discurso otimista de Valter Sanches, que está certíssimo em defender a criação da TVT e de dar tantas esperanças aos trabalhadores desse setor, afinal ele é presidente do sindicato. Eu acho mais que válido criar uma TV para o sindicato, seja ele qual for, (ai concordo quando o Lula diz sobre a liberdade de expressão) e acho até que essa é a tendência agora, pois como já citei nas postagens anteriores que a mídia radical é importante para a comunicação de um grupo muitas vezes afastado da mídia convencional, mas dizer que irá competir com as grandes redes é bobagem, pois é impossível uma mídia radical derrubar uma mídia convencional, e ele disse uma bobagem ainda maior, quando cita os interesses políticos, sem discutir a presença de Lula no evento, (afinal ele é presidente dessa bagaça chamado Brasil) uso um argumento ainda mais convencional (se assim podemos dizer), uma mídia radical é totalmente ligada a interesses, pode ser que não políticos, mas também do próprio sindicato, quanto ao jornalismo investigativo, eu prefiro não comentar tamanha tolice.

Ah, o Lula, nosso “presidente-metarlugico” errou (na minha opinião antes que eu sofra punições ou censura) ao dizer que o brasileiro sabe distiguir informação a distorção dos fatos .. ah .. sabe nada, o brasileiro é midiaticamente manipulado a todo o momento, e não que o brasileiro seja burro, mas o que esses três senhores (Franklin, Valter e Lula) tem que entender de uma vez, é que o chamado 4º poder, ou seja a mídia é o microondas da sociedade, e “esquenta" a cabeça do público (seja ele leitor, telespectador ou ouvinte) da maneira que bem entender e por quanto tempo achar necessário. Esses 3 senhores parecem não conhecer (na verdade conhecem, mas usaram de discurso politicamente alinhado para não distorcer a criação da TVT) o poder da mídia, ah.. Pobres mortais.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Movimentos sociais na Mídia Radical

Olá querido leitor, vamos continuar e finalizar o tema midia radical, pra quem perdeu as outras postagens, é só procurar que estão em ordem aqui no blog, quando se lê todas fica mais fácil entender, pois bem, vamos continuar abordando as vertentes do tema mídia radical, e hoje vamos falar sobre movimentos sociais e mostrar quais são as influencias da mídia alternativa nesses movimentos, e vice-versa.
Para começo de conversa, vamos voltar um pouco no tempo e entender o sentido de movimento social:
Os movimentos sociais passam por transformações conforme o passar do tempo, e os estudiosos do tema, dividem essas passagens e transformações em fases, vamos seguir esse esquema para entender.

1ª Fase – Do império até a primeira Republica
Datada em 1543, a primeira entidade do país criada para atender desamparos a irmandade da misericórdia instalada na capitania de São Vicente.
O poder não era do Estado, e sim da Igreja Católica, além disso, o recurso para ajudar os necessitados vinha de comunidades privadas, como por exemplo, os estrangeiros (portugueses e espanhóis) que davam esmola, alento aos órfãos e caixão aos pobres, na hora se sua morte. Essa fase é chamada também de época do assistencialismo.

2ª Fase
Com a industrialização, a atuação política da elite econômica muda, e agora o poder não é mais da Igreja Católica, que tem sua influencia, mas não absoluta.
Em 1935, No governo de Getulio Vargas (Estado Novo -30/45) editou-se a primeira lei brasileira que regulamentava as regras para a declaração de utilidade publica federal.
Ou seja, a partir daí, o Estado atua ao lado da filantropia, e os nomes dos grandes mecenas são as famílias como: Matarazzo, Chateaubriand, entre outros.
O termo filantropia passa a ser usado nessa fase;

3ª Fase
Fase da ditadura militar, que marca o fortalecimento –por mais que possa parecer estranho- da sociedade civil. Começam atuar os movimentos sociais populares, tais como, o movimento das mulheres, da saúde e das pastorais de base.
É a época também do inicio de partidos políticos como o PT, por exemplo.
A ressalva que se faz a essa fase e que é totalmente ligada ao nosso tema central de analise aqui nessa postagem é que a partir dessa 3ª fase, o povo começa a exercer um papel que era do Estado, pode-se dizer que é a fase da dó e da pena, pois, ao ver uma pessoa que precisa de um auxilio e se vê que o governo não faz nada, é preciso agir e parar se esperar a ajuda de quem obrigatoriamente, mas teoricamente estaria lá para esse tipo de auxilio ou ajuda.

4ª Fase

Multiplicam-se a ONGs e a sociedade civil se fortalece. É uma época que o Brasil saia de uma ditadura militar passando para um processo democrático.

...

É aqui que eu queria chegar amigo leitor, na 4ª fase do desenvolvimento nos movimentos sociais, pois bem sabemos que a fase de ditadura no Brasil foi onde a mídia radical, explodiu nos nossos olhos, e as causas sociais fizeram que a mídia radical se perpetuassem de vez, e agora as ONGs, ou qualquer tipo de instituição de ajuda social usava da mídia radical para protestar, divulgar seu projeto social.
Esse crescimento imperceptível no uso da mídia alternativa se dá pelo afastamento, tanto do Estado quanto ao auxilio que ele era tarefa tanto da mídia convencional que pouco divulgava.
Passados pela história cronológica dos movimentos sociais, mas, antes de prosseguimos como o tema mídia, quero (e preciso) dizer que o assunto, movimentos sociais é extenso e aqui eu fiz apenas uma passagem para mostrar a sua ligação com o tema principal da nossa discussão, se alguém se interessar e quiser ir mais afundo na historia de vida desses movimentos, eu sugiro um autor chamado Leonardo Boff.

Continuando...

Já conhecemos os avanços dos movimentos sociais, e sabemos que a mídia radical é uma forma de se comunicar contra a opressão, ou de chamar a atenção a uma causa, ou a um grupo de pessoas que não tem voz, então basta juntarmos a fome com a vontade de comer, pois se não existe espaço para a divulgação de muitos movimentos sociais, vamos nós mesmo criar nossa mídia.
Agora sim amigo, vamos entrar na parte mais divertida da nova mídia, a criação:
Para darmos exemplos, vamos usar novamente nosso amigo John Downing, que diz que o conceito de meio de comunicação não se restringe aos tecnológicos como: TV, radio e Cinema, ele dá exemplos de mídias radicais usados que ilustram e arrematam de vez esse nosso tema, veja os exemplos do autor:
  •  As canções populares
  •  O grafite
  •  O fanzine
  •  O rock de garagem
  •  O teatro de rua
  •  História em Quadrinhos
  •  A pornografia política
  •  Os vídeos caseiros
  •  A Internet e as redes sociais
  •  As rádios livres
  •  O jornal mural popular
  •  O cordel
  •  O vestuário
  •  E Outras expressões

Tudo que esta nessa lista acima é mídia radical, porém, abra sua mente, afinal a mídia radical é você quem faz, é um meio que você encontra de se comunicar com sua rede social de forma própria, e hoje em dia com a internet em nossa cara, o que mais podemos fazer é criar. Ah, claro, nem pensei em me usar .. Esse blog que você esta agora é um exemplo de mídia radical, afinal, eu nunca conseguiria escrever o que escrevo aqui em um jornal, por diversos motivos.
Bom, é isso ai gente, espero que tenham entendido e gostado do tema e abaixo, faço uma nota de atenção a você leitor, por favor, leia.

Nota de Felipe Accacio Rigaso
Todas as informações aqui colocadas não podem e não devem ser entendidas como verdade absoluta, afinal eu ainda sou um estudante de jornalismo e a extensão do tema mídia radical, faz com que eu apenas analise de longe, isso se querer é um estudo do tema, pois eu reconheço que devo respeito a quem estudou anos e anos sobre o tema, deixo aqui uma mensagem de encorajamento para que os interessados em comunicação avancem e estudem sobre o tema. Espero que não haja confusão e que não confundam a minha opinião sobre o tema com a verdade absoluta.
Quem quiser obter mais informações sobre o tema, leia o livro (que é verdadeiramente um estudo) “mídias radicais, rebeldia nas comunicações e movimentos sociais” do autor John Downing ... É eu sei, eu citei esse livro em todas as postagens de antes, é só pra ressaltar, rs.

domingo, 22 de agosto de 2010

O outro lado da Mídia Radical

Olá querido leitor, vamos continuar falando sobre mídia radical e seus desdobramentos contextuais, além de entender cada vez mais o distanciamento dessa mídia alternativa, para com a mídia convencional, a conhecida comunicação em massa.

Pois bem, na última postagem aqui do blog, terminamos o raciocínio com uma questão: as mídias alternativas só são utilizadas contra a opressão? Então, ela tem data de validade? Ou seja, será que podemos dizer que ao alcançar o objetivo de derrubar o poder exercido pelo governo a mídia se esgota e acaba?

Não, essa é a palavra que serve como todas as respostas. A mídia alternativa não é somente uma ferramenta contra a opressão de um governo, mas é também, uma forma de abrir os olhos da sociedade para determinado grupo, ou tribo (seja urbana, ou não)

Essa nova vertente da mídia radical tem uma ligação forte para com a questão da opressão, pois determinados grupos da sociedade, se sentem excluídos e precisam criar seu meio de comunicação, precisam ser ouvidos, já que não tem espaço na grande mídia.

Como exemplo maior e de fácil entendimento, podemos pegar as comunidades de todo o Brasil, ou seja, as favelas, que não estão somente no Rio de Janeiro (como alguns pensam).

A favela precisa ter voz, e o que vemos na grande mídia, é a favela da polícia, a favela dos bandidos, mas nunca a favela dos moradores, talvez, eles próprios não tem informação do que está acontecendo de útil em sua comunidade.

Dessa necessidade nasceu a mídia radical, jornais murais, rádios piratas, entre outras mídias muito peculiares, que se diferenciam de favela para favela. Deixo aqui a dica de um filme, que retrata bem essa necessidade da favela, e mostra a história da criação de uma rádio pirata, o filme “Uma onda no ar” ilustra tudo o que aqui está sendo dito.

Já sabemos que a mídia alternativa é uma necessidade dos oprimidos pelo governo, que muitas vezes (ou sempre) cala a população através dos jornais, rádios e TV, e sabemos também, que ela tem um papel nas comunidades e tribos, se transformando em um meio próprio de comunicação, quebrando a falta de visibilidade na mídia convencional.

Mas porque não existe visibilidade comunitária na comunicação em massa?

A comunicação em massa, como já ressaltamos na primeira postagem, é definida em mensagem que chega ao grande publico, ou seja, a massa, e não se sabe ao certo quem está sendo atingido, ou seja, é um poder midiático que deve ser filtrado, e mesmo que haja uma relevância discutível, a política de consumo entra em cena e derruba qualquer coisa que seja destinado a determinado publico, e não ao publico em geral, o consumismo está presente em todas as mídias, até mesmo na mídia radical, porém, a forma com que é consumido determinado produto midiático é lavado de forma diferente, complicado né? Vamos tentar aliviar tudo isso, usando a publicidade.

Os publicitários de todo o mundo estudam o público-alvo antes de colocar a peça publicitária nos mercados, ou seja, estuda-se quem vai ser atingido antes de mostrar o seu produto, todavia, o objetivo maior é atingir a maior quantidade de pessoas, mesmo que essas não se enquadrem no perfil de consumidor daquele produto, um exemplo é a marca Mcdonalds, podemos pensar em publico alvo para essa marca? Sim, alguém que esta com pressa e quer fazer uma refeição rápida antes de algum compromisso, mas esse é o único publico atingido? E as crianças que muitas vezes comem o lanche, somente para ganhar o brinquedo? Quantos de nós não consumimos o Bicmac, só por ter visto a propaganda na TV? “dois hambúrgueres, alface, queijo e molho especial, cebola, picles num pão com gergelim” quem nunca ouviu essa música? Quem não a sabe de cor?

Acredito que deu para perceber essa coisa do consumismo, a mídia de uma forma geral, pensa com essa cabeça, com a idéia de atingir vários públicos, para que eles possam consumir cada vez mais e gerar dinheiro para aquela empresa, opa, para tudo .. caímos em outro assunto de muito pano pra manga .. O capitalismo.

Vou me preservar um pouquinho quanto a esse tema, mas posso (e devo) sugerir o documentário “Surplus” que apesar de criticado, leva ao público dois temas de bastante discussão: o capitalismo e o consumismo.

Se você quer entender melhor esse poder da mídia, a indicação mais propícia é de que você pesquise e estude essa questão no ramo político, filosófico e midiático, daí podemos tirar autores, como: Michel Foucault, Antonio Gramsci e John Downing, esse último pode ser referência central para esse tema, aliás, Downing é a minha base de estudo para todas as postagens sobre esse assunto, desde aqui.


Bom, por hoje é isso querido leitor, na próxima postagem vamos falar sobre a influência de movimentos sociais na mídia radical, e já vamos começar a citar a criatividade na hora de criar as mídias alternativas.
Aguardem

sábado, 21 de agosto de 2010

Comunicação em Massa e a Mídia Alternativa

Olá querido leitor, hoje vamos continuar falando sobre a comunicação em massa, e como prometi na postagem passada, vamos falar sobre a comunicação alternativa, chamada de mídia radical, ou nova mídia, vamos lá?

O ser humano não sabe, mas tem uma arma que leva com ele a todo o momento, uma arma que pode atingir e ferir como um soco, ou pode ser emocionante a ponto de fazer chorar, essa arma se chama palavra.
Para qualquer governo repressor a palavra é um inimigo por isso é preciso eliminá-la, mas como calar todo um país? Simples. Basta afastar do alcance do povo, os veículos de comunicação, cale todas as mídias, que assim instantaneamente todos irão se calar.
Os governos de regimes militares faziam uma espécie de manipulação da mídia convencional, ou seja, tiravam as verdades dos jornais impressos, dos boletins de rádio e dos telejornais para que ninguém pudesse protestar contra a autoridade. No regime militar não existe democracia.

Mais uma vez, vocês irão dizer, ah Felipe, isso eu estudei na escola, e eu sei o que foi a ditadura militar e os governos opressores. Bingo, consegui mais uma vez o que eu queria, se você entendeu esse conceito de governo opressor e que ele quebra o padrão da mídia convencional, ou seja a comunicação em massa fica fora do ar, já podemos partir pro próximo tópico, pois se é certa a existência da opressão, também é certa uma reação do oprimido, mas, o que as pessoas faziam para expressar sua indignação para com o Estado? Bom a melhor resposta, está em uma só palavra: protesto.
A mídia seria a melhor forma de se expressar, afinal ela foi criada para isso e historicamente o homem usa os produtos midiáticos na necessidade de se comunicar, porém com a manipulação da comunicação em massa, o que restava ao povo era lutar contra a opressão, criando uma nova mídia, mas será que isso só aconteceu no Brasil, na nossa ditadura militar? Na verdade não.
A briga política e ideológica de Ronald Reagan e de Leonid Brejnev gerou o temor de uma futura guerra nuclear, e a mídia convencional era submissa ao fato, manipulada pelo bloco soviético, assim, os Estados unidos, e a extinta Alemanha Ocidental, a Grã-Bretanha, a Itália e os baixes baixos criaram os movimentos antinucleares, em especial a Alemanha usou mídias radicais para denunciar e atacar a corrida armamentista e os perigos na energia nuclear. A guerra fria chegou ao fim absoluto em 1991, porém os países citados tiveram a necessidade de se expressar usando as novas mídias.
Um trecho do livro de John Downing relata qual foi essa mídia radical:

[...] Nos Estados Unidos, produziu-se uma serie de documentários antinucleares que foram exibidos á larga, com destaque para Paul Jacobs and the Nuclear Gang (1979) e Atomic Café (1982) [...] Um milhão de pessoas saíram ás ruas, só na cidade de Nova York. [...] (JOHN DOWNING - Mídia Radical, Rebeldia nas comunicações e movimentos sociais - Página 23)


No Brasil, o maior exemplo e o mais conhecido de aplicação de mídia radical aconteceu no período da ditadura militar, onde os oprimidos em questão usavam entre tantas outras mídias, a música, se você, querido leitor não conhece esse episodio brasileiro, faça uma pequena pesquisa sobre a ditatura militar no Brasil, e busque o nove de Geraldo Vandré, além disso ouça a música “pra não dizer que não falei das flores”
Abaixo, tomo a liberdade de mais uma vez usar John Downing, para as considerações finais dessa postagem, e uma explicação de tudo que foi dito, nas palavras do próprio autor.


Numa estrutura em que as classes e o Estado capitalista são analisados meramente como controladores e censores da informação, o papel da mídia radical pode ser o de tentar quebrar o silencio, refutar as mentiras e fornecer a verdade. Esse é o modelo de contra-informação, que tem um forte elemento de validade, especialmente sobre regimes repressores e extremamente reacionários. (JOHN DOWNING - Mídia Radical, Rebeldia nas comunicações e movimentos sociais - Página 49 capitulo: poder, hegemonia, resistência)


Na próxima postagem, vamos abordar a seguinte questão: As mídias radicais ou chamadas de nova mídia, ou ainda mídias alternativas só podem ser usadas contra a opressão? Então, elas têm validade? É o que veremos em breve.
Aguardem.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Comunicação em massa

Olá querido leitor, a postagem dessa semana é sobre o tema mídia radical, assunto pelo qual estou conhecendo e estudando na universidade, sendo assim, gostaria muito de dividir com vocês, porém, não posso jogar as informações sem sentido e sem uma ordem que a deixe inteligível, eu poderia esperar e analisar muitos textos, mas a vontade de escrever fez com que eu não esperasse o término de todos os estudos sobre o tema (mídia radical), aliás, meu grupo de amigos e companheiros de trabalho na faculdade, está implantando um projeto dessa mídia alternativa, que será apresentado próximo ao final desse ano, mas, isso é história para postagens futuras, já que a idéia ainda não saiu do papel e mal foi lapidada.

Pois bem, Mídia Radical, um tema tão extenso que daria páginas e mais páginas de explicação, vou subdividi-la para que haja entendimento, começaremos falando sobre comunicação de massa.

Sabe quando o jornal nacional começa e o William Bonner diz: Boa noite? Quantas vezes você não respondeu: “Boa Noite William”, ou então, “ Oi Bonner, como vai as crianças?”

A comunicação feita pela TV é um ótimo exemplo de comunicação em massa, e talvez o mais fácil de se entender, pense .. aquele “Boa Noite” dado pelo Bonner, é ouvido por milhões de telespectadores, pessoas de religião diferente, de ideologia política diferente, de classe sociais diferente, ou seja, não há muito em comum entre essas pessoas a não ser o fato de estarem com a TV ligada ao mesmo tempo em lugares diferentes. Como o Jornal Nacional atinge uma rede, ou seja, muitas pessoas ao mesmo tempo assistem ao jornal, o William Bonner diz: “Boa Noite” e não “Boa Noite, Fulano”.

Você, querido leitor irá dizer agora, nossa, mas como esse Felipe é idiota, disso tudo eu sei, é claro que o Bonner não está falando comigo, ele mal me conhece.

Se você pensou isso, já entendeu o conceito de comunicação em massa. A comunicação de um interlocutor a um receptor, que é passivo a informação e que não pode expor suas idéias diante da mensagem que lhe chega, ou seja, você, telespectador não pode ser ouvido.

Sabendo disso, o JN faz com que a informação chegue inteligível a todos, ou explicando na forma Bonner, “A notícia tem que ser entendida pelo Homer” fazendo analogia ao personagem do desenho animado com a imagem da classe média baixa que assiste ao jornal.

A comunicação em massa é uma das mais fáceis de entender, e a mais usada nos primeiros semestre das universidades, é impossível introduzir o aluno ao conceito de mídia radical, ou mídia alternativa, sem que ele possa entender o conceito de massa.

A comunicação em massa esbarra no conceito de manipulação, ou seja, se eu não posso intervir com a minha opinião e sou passivo a informação, eu posso facilmente ser manipulado. É .. isso é bem verdade sim. Na comunicação em massa, o público tem apenas uma opção, ou assiste ao programa ou não.

Outro aspecto importante é que não é somente a habilitação jornalismo que envolve o conceito de comunicação de massa, a presença forte dela também é vista na publicidade, pois, quando eu tenho que vender determinado produto, tenho que atingir a massa, um publico que eu desconheço a rotina, mas que eu sei que devo influenciar a ponto de consumir meu produto.

Esse tipo de comunicação midiática da massa está totalmente ligado ao capitalismo, consumismo e suas vertentes e historicamente, os críticos somente abriram o olho para a comunicação alternativa quando foram oprimidos pela ditadura militar e foram obrigados a procurar outra forma de se comunicar, falar sobre a censura sem ser censurado, e esse é o próximo tema da próxima postagem.

Aguardem.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Indicação

Eu acredito que nunca fiz o que vou fazer agora, mas ao ler a coluna de Bruno Mazzeo no O Globo eu não me contive, pensei, preciso mostrar esse texto para os leitores do blog.
Via twitter, o humorista e ator Bruno Mazzeo divulgou o link da coluna, que tomo a liberdade de copiar aqui

http://migre.me/15lqj

Confesso que senti uma invejinha em não ter escrito sobre esse tema, mas talvez eu não escreveria com tanta propriedade, é sonho de mais pensar que o Bruno vai ler essa postagem, mas mesmo assim eu preciso dizer

PARABÉNS BRUNO MAZZEO

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Western, o gênero perdido

Olá Amigos leitores, tempo tem sido uma coisa rara na minha vida, quer mais paixão jornalística que isso? Se dedicar aos estudos pela porfissão tem sido prazeroso pra mim, por isso não reclamo e sei que as palavras jornalismo e tempo livre não andam juntas, já estou acostumado.
Pois bem, para variar (ironicamente dizendo) vamos falar sobre televisão, como vocês puderam perceber no título, o tema hoje é Western.
Mas o que é Western? E por que falar dele?
Lendo um livro chamado Gêneros e Formatos da Televisão Brasileira, do autor José Carlos Aronchi de Souza tomei conhecimento maior do que foi esse gênero, (o por que ele acabou ainda não entendi) e como ele desapareceu e foi substituído, daí surgiu a idéia da postagem.
A maioria da programação da televisão brasileira hoje em dia é uma espécie de adptação ou cópia de programas americanos, seja no formato, seja no gênero ou em um simples quadro do programa, existe um traço americano na programação brasileira.
Não que isso seja uma crítica, afinal já dizia o mestre Chacrinha: “nada se cria, tudo se copia”. E se partimos do pressuposto de que Estados Unidos e Brasil formam as duas maiores culturas do mundo orientada pela TV, saberemos que a utilização de formatos ou gêneros iguais é natural.
Sabendo disso, vamos introduzir o western nisso tudo.
Western foi um gênero americano que fez sucesso no mundo todo, inclusive no Brasil, onde foi remodelado o nome e adaptadamente dublado. Tomo a liberdade de reproduzir um trecho do livro que fala sobre esse gênero que tanto fez sucesso.
[...] Um gênero genuinamente americano que praticamente desapareceu no tempo foi o western, conhecido no Brasil por Faroeste ou de Bangue-bangue. Algumas séries fizeram sucesso no mundo todo, e os episódios de Bonanza e Zorro marcaram a programação das redes em vários países, entre eles o Brasil.
A Fórmula dos seriados de faroeste veio do cinema e sua produção começou junto com a telvisão apareceu em 1947. De todos os gêneros criados pelos americanos, nenhum teve declínio tão rápido quanto o western. A explicação é a de que era uma forma arcaica de mostrar conflitos e situações dramáticas que poderiam ser mais de vinte anos de sucesso, o gênero foi substituído rapidamente no final dos anos 70 pelas séries de detetive e outras que mostram extravagâncias paramilitares e investigações da CIA. [...] José Carlos Arouchi de Souza, pág. 69, “gêneros e formatos da televisão brasileira” editora summus, 2004.

Esse gênero deixou saudades, e apesar de ser esquecido no final dos anos 70, uma emissora de televisão, a qual minha memória não deixa lembrar repassou alguns desses filmes de bangue-bangue e lembro-me de ser de extrema relevância ao meu período de infância, afinal, eu ficava encantado em ver que do revolver que o mocinho usava nunca acabam os tiros.
Quando digo que desconheço a razão de tirar do ar e discordo daquela usada no trecho acima onde a justificativa esbarra no fato de terem substituído esse gênero pelo gênero série investigativa policial (leia-se CSI), quero dizer que não havia necessidade de simplesmente esquecer esse gênero, ele poderia se modernizar sem perder a essência e poderia ainda fazer parte da infância, juventude e adolescência de muita gente.

É isso ai leitor, se você é muito novo para se lembrar desse formato, use a ferramenta youtube para conhecer o western, o eterno bangue-bangue da TV brasileira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Censura sem Ditadura

Olá amigos leitores, a censura para com a mídia foi um episodio na historia brasileira ocorrida durante a ditadura militar, em definição encontrada na internet, censura é o uso pelo estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a liberdade de expressão. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informações, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte

O tempo se passou e a Ditadura virou um fato para ser estudado pela disciplina de história, seja no ensino médio ou no ensino superior, os militares já não estão mais no poder, porém, a censura na mídia parece ter voltado para assombrar a vida de dois veículos, rádio e TV.

A volta da censura se deu na nova lei eleitoral de numero 9504/97 onde a partir do artigo 44 se faz referencias a propaganda eleitoral na televisão e no rádio, confira a reprodução dos artigos abaixo.

Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão restringe-se ao horário

gratuito definido nesta Lei, vedada a veiculação de propaganda paga.

* Ver art. 25, caput, da Res. TSE nº 22.718/2008.

Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e

televisão, em sua programação normal e noticiário:

* Ver Res. TSE nº 22.579/2007 (Calendário Eleitoral – 1º de julho de 2008, item 3).

* Ver art. 21, caput, da Res. TSE nº 22.718/2008.

I - transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização

de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja

possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;

* Ver arts. 21, I, e 38, caput, da Res. TSE nº 22.718/2008.

II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer

forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular

programa com esse efeito;

Repare que no trecho em negrito, se lê a tão comentada lei que restringe programa de humor a “ridicularizarem” os candidatos, a nova censura está descrita nesse trecho de forma clara.

Programa de humor como Pânico na TV, Casseta e Planeta e CQC não poderão levar ao eleitor jovem – publico alvo desses programas- o tema política, e terão que esquecer o fato de estar rolando as eleições, como se ela não existisse; isso é ou não censura?

O CQC fez na noite de ontem (9) uma matéria sobre esse tema, o material divulgado no programa tem o tempo de 12 minutos e pode ser vista pelo Youtube.

Além do CQC, o humorista Helio de La Peña postou em seu blog um texto sobre o assunto.

Além desses humoristas, algumas outras personalidades mostram sua opinião sobre o assunto, e pelo que podemos perceber, nem mesmo os candidatos acharam essa lei cabível e a palavra censura foi dita por todos eles, claro que existe um interesse político em não apoiar a lei, já que ao concordar com a maioria, o candidato não “se suja”

O publicitário Washington Oliveto fez questão de ressaltar que a matéria prima do humorista é a política.

Impresso pode

Vale lembrar que a lei é destinada aos veículos TV e rádio, assim, os impressos tem a total liberdade de usar o humor para falar sobre as eleições 2010 e seus candidatos, talvez o TSE baseou-se no pressuposto de que o brasileiro burro não entenderia uma charge colocada no jornal, então nem vale proibir.

Alias o TSE observa o eleitor como um alienado que ao ver um humorista imitando um dos candidatos pode mudar sua opinião. Com essa lei, o publico jovem se afastara ainda mais da política, pois sem a leveza da abordagem do tema, o que resta é a chatice séria levada por telejornais.

Jornalismo X humor

Na matéria do CQC, o cineasta Fernando Meireles cita que não exista uma linha que meça e divida o humor do ridículo.

Além do que o Meireles falou, podemos analisar a linha que separa o jornalismo do humor, pois ela sim existe.

Assuntos factuais como, por exemplo, um acidente de carro em São Paulo são temas tratados pelo telejornalismo ou rádio jornalismo, e o publico se mantém informado a ponto de saber o numero de vitimas, etc.

Mas a mesma noticia factual pode virar estatística e assim pode-se discutir mais amplamente o que causa acidente de carros em São Paulo, e no humor isso pode se transformar em piada.

O tema político é tratado com uma seriedade complexa, e os telejornais ou radiojornais mostram todo o dia algum caso de corrupção, e a acumulação desses fatos faz com que os humoristas façam piada, em forma de protesto e ironia, mas isso não faz com que o publico mude sua opinião, apenas aguça a vontade de se discutir sobre esse tema tão complexo.

O programa CQC é jornalismo ou humor? E porque não humor com jornalismo? A escolha do que é humor e jornalismo é subjetiva, temos que parar de tentar discutir coisas tão inexpressivas, deixamos que o público escolha o que vai assistir, deixe que o publico julgue o que é jornalismo e o que é humor.

Os mesmos telespectadores que assistem ao fantástico podem assistir ao Pânico, ao CQC e ao Casseta e Planeta, que mal existe nisso?

A mídia causa medo, a mídia é poder.

Os comediantes, jornalistas e humoristas estarão fazendo um protesto no Rio de Janeiro, no dia 22 de agosto, na praia de Copacabana, todos os profissionais de humor se reuniram para reivindicar a liberdade de expressão.

O humorista Marco Luque fez um comentário na noite de ontem, com o qual quero terminar essa postagem:

Não querem que nós façamos piada? Então não nos faça de palhaços.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Twitter - A nova mídia de comunicação

Se antes o contato entre fã e ídolo era raro, hoje o cenário tecnológico proporciona um mundo diferente, e as redes sociais estão cada vez mais fortes no dia-a-dia do famoso, seja ele cantor, ator, jornalista, jogador de futebol, ou qualquer outro tipo de profissional que aparece nos meios midiáticos.

As redes sociais começaram a ser ferramentas de utilidade publicitária por alguns músicos que divulgavam através da internet seus shows ou lançamento de novas musicas, porém, essa comunicação não era de locutor a interlocutor, pois o publico era passivo de receber a informação, codificá-la e usufruir do produto oferecido pelo artista (ou não).

Porém, o miniblog Twitter chegou com a função de tornar o publico ativo na comunicação, que além de ser passivo é agora locutor da sentença criando uma mensagem a ser recebida e codificada pelo interlocutor famoso.

Com um numero determinado em 140 caracteres, o twitter chegou as mãos dos artistas como uma ferramenta de liberdade, o que deu a pessoa o prazer de revelar o que quiser, alguns relatam fatos do dia-a-dia, como por exemplo, “estou saindo agora da minha emissora, onde gravei outro capitulo da novela X”

Desde os tempos mais remotos, a invenção do homem é um beneficio, mas, pode ser também uma arma, como exemplo, pode-se citar o avião, que criado a partir de um sonho e uma necessidade se tornou fundamental ferramenta em guerras. Já no twitter as palavras são as armas, que podem ferir os outros, mas, podem também funcionar como um tiro no próprio pé.


Alguns famosos desconhecem os poderes das palavras, e não sabem que uma frase mal colocada pode atingir mais profundamente que um tapa. É impossível não citar os meninos do Santos, sensação futebolística do ano de 2010, os jovens jogadores que logo alcançaram a fama, usaram o twitter de uma forma totalmente contrária do que se espera de um jogador do futebol, ligando a webcam através de um recurso do miniblog, alguns jogadores diziam palavrão, falavam besteiras e até se envolveram em uma polemica briga com o jogador Robinho. Foi um prato cheio pra mídia sensacionalista que relatou esse caso de forma destacada.

O uso do twitter como algo ruim é de escolha própria, ninguém obriga ninguém a nada, certo? O político José Serra usa essa ferramenta para (de forma subliminar) fazer campanha eleitoral, e está errado? Claro que não, pois se essa rede social foi feita para a comunicação, porque não divulgar seus planos de governo e conseguir votos? É uma forma de atingir aos jovens que se dizem distantes da política.


Confesso que tinha certa indiferença ao twitter, porém, ao experimentar essa ferramenta, percebi que ela será uma das mais grandiosas formas de se ver a mídia, e comecei a seguir alguns famosos a fim de analisar qual era o comportamento deles, por uma questão pessoal, tenho o costume de seguir alguns jornalistas, já que essa é a profissão que escolhi para meu futuro.

Foi de um seguidor jornalista que surgiu a idéia dessa postagem, assim que entrei em um chat na noite de ontem, com o repórter e âncora do SBT-RJ Luiz Bacci, percebi que esse contato com o publico é de extrema importância para o artista, o jovem jornalista mostrou um lado que não pode mostrar no jornal, brincando com os fãs e dando risadas com amigos, Luiz respondia as perguntas de forma leve, sempre sorrindo e dando sua opinião em diversos assuntos, foi colocado em sabatina assuntos ligado a TV (e não poderia ser diferente) e Luiz deu dicas aos futuros jornalistas, além de comentar como é o dia-a-dia nessa profissão, por volta das 22h30min Luiz encerrou o chat.


Twitter, a nova forma de divulgar notícias, de “estar perto” do artista, de perceber que aquele que você exalta, é um ser humano.

Em pouco tempo o twitter se tornará um veiculo de comunicação, assim como é a TV, o rádio e os jornais impressos, ou será que o Twitter já é um veiculo de comunicação?

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai

Cá estou outra vez, caro leitor, fugindo mais uma vez do tema mídia, que é o grande alicerce desse blog, usarei como de praxe o mesmo argumento: é por uma boa causa.

Hoje o almoço de Domingo tem um ar diferente, afinal, hoje é dia dos pais e mais que a família reunida, o foco é o homem da casa.

Qual é o perfil de um pai? Não existe um perfil de pai, na verdade existe um desenho de herói, uma inspiração magnífica de criança, coisas inexplicáveis em palavras, talvez seja assim o amor de Pai, inexplicável.

O Pai é aquele que fica acordado, esperando o filho, ou filha chegar da balada, Pai é aquele que acorda cedo aos domingos, vai pra garagem e coloca a rodinha da bicicleta, para mais tarde levar a filha ao parque e ensiná-la a andar naquele brinquedo que ela gosta tanto, mas que sente medo. Quando o Pai está perto, não existe medo.

Pai é aquele que acorda de madrugada quando o bebê chora. E ele balança a criança cantarolando qualquer canção, os braços quentes do papai fazem com que a criança possa dormir.

Pai é aquele que ensina o filho a rezar, indiferente da crença.

Existem pais corintianos, palmeirenses e são paulinos, mas que filho não gosta de assistir um jogo de futebol ao lado de seu pai? Por mais que vocês torçam por times diferentes.

Pai é base, a família é base, e o pai é a base da família.

Ok, nem tudo é um mar de rosas, existem pais alcoólicos, drogados, agressivos, pais que abandonam e os que se esquecem que tem filho, mas a vida é assim mesmo, alguns não sabem ser pai, e para isso não existe uma cartilha, nem um manual de instruções.

O que importa é o amor, filhos brigam com os pais, e pais brigam com os filhos, mas o amor é maior que qualquer desentendimento.

Existem Pais de primeira viajem. Pais que são duas vezes abençoados pelo nascimento da vida, sim, eu estou falando dos avôs.

Nem sempre se tem o Pai por perto, alguns já partiram, mas a morte não separa o amor, e hoje é dia de lembrar-se daquele homem que alguns chamam de “meu velho” outros chamam de “meu Herói” ou que simplesmente chamam de Pai.

Abaixo, separei duas frases que encontrei na internet, uma de Bertrand Russell, influente matemático do século XX, a outra é do humorista peruano Sofocleto.


“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.” (Bertrand Russell)


“Para compreender os pais é preciso ter filhos.” (Sofocleto)



Feliz Dia dos Pais.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Linguagem Jornalística

Olá amigos leitores, pois é, o segundo semestre do ano letivo começou para os universitários –pelo menos para boa parte deles- assim, quero mais uma vez compartilhar um conteúdo midiático super interessante com vocês, o título dá uma noção de novidade, mas existe uma ligação entre o texto de hoje, com postagens anteriores.
A ligação que se faz de um jornalista a grande capacidade de escrever, é natural, queremos que no grande jornal que lemos diariamente esteja os melhores jornalistas e os melhores textos, porém a avaliação de bom texto é subjetiva, claro que podemos encontrar em inúmeros jornalistas o dom de escrever, afinal, as maiorias dos jornalistas começam assim, apaixonados por colocar no papel o dom que Deus lhe deu.
Porém, saber escrever e escrever para um jornal requer certo cuidado, pois a diferença entre o literário e o jornalístico não pode passar despercebida, pois bem, deixe-me melhor explicar:
No texto literário, os detalhes são imprescindíveis para a compreensão e para a imaginação da história, cenário e personagens, mas por que não podemos usar essa mesma formula no jornalismo, já que a riqueza de detalhes dá ao texto uma melhor explicação do ocorrido?
antes de dar o exemplo, tenho que citar uma colega, futura jornalista, que ao meu ver se dá bem tanto com texto jornalístico como literário, Milena Buarque
.. vamos seguindo ...

Imagine ler um texto que carregasse a seguinte manchete:
“Homem é encontrado morto na porta de uma casa em São Paulo”

Rita, 32 anos, mulher de média estatura, ruiva acordou ás oito da manhã da ultima sexta-feira, esticou os lençóis e caminhou até o corredor, abriu com cuidado a porta do banheiro, que tem o costume de fazer barulho, se despiu, abriu o chuveiro, e se banhou.
Apesar do barulho que a água fazia ao cair no chão, Rita ouviu a companhia e se enrolou na toalha, colocou o roupão e gritando “já vai, já vai” desceu as escadas para atender a porta, ao girar a maçaneta, Rita percebeu que não havia ninguém no local e que o corpo de um homem estava no chão, tocou o braço do rapaz, com ar de espanto e percebeu que o homem estava morto, aflita, correu para o telefone, discou 190 e disse ao um policial sobre o que havia acontecido, a polícia chegou ao local e começou a investigar a situação e a causa da morte do desconhecido homem.


A riqueza de detalhes colocada a cima, pode expressar a linguagem de um livro de ficção, porém, foge da linguagem jornalística, pois usa detalhes de mais para se entender o fato, o que deixaria o leitor cansado, partindo do pressuposto que todas as notícias de um determinado jornal fossem escritas assim, de certo, muitas pessoas iriam ler no máximo duas notícias tão longas, enfim, no mundo que vivemos hoje, tempo é dinheiro, e não possuímos horas livres para ler todo jornal ou revista, queremos estar bem informados em pouco tempo.

O inicio de texto cheio de detalhes, era chamado no jornalismo de nariz de cera, que em definição é:
Era o texto introdutório, longo e rebuscado, que antecedia a narrativa dos acontecimentos que visava ambientar o leitor sobre os fatos que seriam narrados a seguir. Usava uma linguagem prolixa e pouco objetiva.

Objetividade, essa é a palavra para definir o texto jornalístico, e para quebrar a “forma nariz de cera” de se escrever foi criado um termo chamado: “pirâmide invertida”

Pirâmide invertida- De acordo com essa técnica narrativa o texto noticioso deveria ser estruturado segundo a ordem de importância e a ordem decrescente de interesse e relevância das informações de maneira que o leitor tivesse acesso aos dados essenciais sobre o fato nos parágrafos iniciais.

Assim, a transformação no texto jornalístico trouxe mais dinâmica para a leitura, e com as informações contidas no lide, o leitor já sabia a principal mensagem que o jornalista gostaria de passar.
Para expressar a diferença entre o texto literário e o texto jornalístico, (e enterrar de vez a comparação entre os dois por aqui) podemos mencionar uma clássica obra de Érico Veríssimo chamada “Clarissa”, onde o autor descreve de forma detalhada a rotina de uma pré-adolescente.
A forma de Veríssimo em “Clarissa” (e em outras obras) se afasta do conceito de jornalismo, porém, isso não quer dizer que ele não sabia escrever da forma de “pirâmide invertida” afinal, aposto que sua inteligência fazia com que ele escrevesse sobre qualquer assunto.

Lembra-se do caso da Rita? Aquela que encontrou o corpo na porta de casa? Se o mesmo fato tivesse sido contado da forma jornalística, o texto ficaria mais ou menos assim:

Na manhã dessa sexta-feira, Em São Paulo, Rita de 32 anos, encontrou na porta de sua casa o corpo de um homem. Ao sair apressada do chuveiro a mulher percebeu o corpo no chão e ao tocá-lo constatou que se passava de um homem morto, ligou para a polícia, que investiga a identidade do homem e a causa da morte.

O chamado lide, ou seja, o primeiro parágrafo do texto deve responder as perguntas, Quem? O que? Quando? Como? Onde e Por quê? Porém é normal que uma das respostas não esteja no primeiro parágrafo e sim no segundo, chamado de sublide, mas, existe a possibilidade também de algumas das respostas não estar nem no lide e nem no sublide e nem no resto do texto, rs, calma querido leitor, não é necessário ofender a mãe do jornalista por isso, pois é natural, e às vezes a pesquisa feita pelo jornalista e todos os levantamentos dos dados não tenham dado informação suficiente para responder uma ou mais perguntas dessas.

Bom, é isso, espero que tenham gostado do post, e comece a comparar o texto jornalístico e o literário e você irá ver a diferença de uma para o outro.

PS: a “notícia” acima é fictícia, não existe nenhuma Rita e não existe corpo algum encontrado na porta de casa. rs

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Viva

É a emissora que mais usa a manipulação da mídia? Ok.
Apoiou a Ditadura Militar? Ok.

A Rede Globo é a emissora que mais sofre criticas de certa parte da população, que ressalta todo o poder midiático que a emissora tem em manipular seu telespectador, e que o público sofre uma alienação e segue somente o padrão Globo de fazer televisão, como um cavalo no cabresto.
Para tudo isso citado acima; existem mil opiniões e eu com certeza vou respeitá-las, mas uma certeza eu tenho, todos um dia já assistiram algum programa da TV Globo, mesmo que seja na infância.
A globo não seria o que é, se não tivesse audiência, e assim, os argumentos de alienação mais uma vez irão aparecer, e coisas como: “ o povo é burro, não sabe ver TV” e “ o Brasileiro é manipulado pela Globo” poderão ser comentadas, mas, ainda assim, acredito no padrão Globo, e sei filtrar o que é bom e o que é ruim no sentido da manipulação.

Pois bem, passada a fase de causa, motivo, razão e circunstância pela qual escrevo essa postagem, vamos ao que me ocorre. A GLOBOSAT, grupo de TV fechada da Rede Globo, leva ao publico uma programação segmentada (afinal essa é a idéia teórica de TV por assinatura), canais como SPORTV, MULTISHOW, GNT entre outros.
O que me chamou a atenção, é que a GLOBOSAT colocou no ar, mais um canal, que apesar de pertencer a TV fechada e ser segmentada, interessa a todos que tem saudades das antigas programações da Globo, o Canal Viva.
Claro que o acesso a TV por assinatura não é de 100% da população, e uma parte considerável das pessoas não tem acesso a esse canal, porém, muitos que tem acesso, não sabem da existência da emissora, que serve como uma programação alternativa a da Globo, ou seja, se você perdeu o programa da Ana Maria Braga ou do Luciano Huck, é possível ver a sua repetição no Viva.
Quem não se lembra da boa fase de Malhação? é podemos encontrar coisas que a Globo não transmite mais, como as minisséries de sucesso da emissora, e até mesmo o humorístico Sai de Baixo, que era motivo de risos aos Domingos a noite.
Confesso que tenho um programa favorito, “A Comedia da Vida Privada” tomou de imediato a minha audiência de sábado à tarde.

O slogan da emissora também é interessante: “Viva, do seu jeito”
Queridos Leitores, fica a dica a todos que tem acesso a essa programação fechada, experimente, Viva.