segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Movimentos sociais na Mídia Radical

Olá querido leitor, vamos continuar e finalizar o tema midia radical, pra quem perdeu as outras postagens, é só procurar que estão em ordem aqui no blog, quando se lê todas fica mais fácil entender, pois bem, vamos continuar abordando as vertentes do tema mídia radical, e hoje vamos falar sobre movimentos sociais e mostrar quais são as influencias da mídia alternativa nesses movimentos, e vice-versa.
Para começo de conversa, vamos voltar um pouco no tempo e entender o sentido de movimento social:
Os movimentos sociais passam por transformações conforme o passar do tempo, e os estudiosos do tema, dividem essas passagens e transformações em fases, vamos seguir esse esquema para entender.

1ª Fase – Do império até a primeira Republica
Datada em 1543, a primeira entidade do país criada para atender desamparos a irmandade da misericórdia instalada na capitania de São Vicente.
O poder não era do Estado, e sim da Igreja Católica, além disso, o recurso para ajudar os necessitados vinha de comunidades privadas, como por exemplo, os estrangeiros (portugueses e espanhóis) que davam esmola, alento aos órfãos e caixão aos pobres, na hora se sua morte. Essa fase é chamada também de época do assistencialismo.

2ª Fase
Com a industrialização, a atuação política da elite econômica muda, e agora o poder não é mais da Igreja Católica, que tem sua influencia, mas não absoluta.
Em 1935, No governo de Getulio Vargas (Estado Novo -30/45) editou-se a primeira lei brasileira que regulamentava as regras para a declaração de utilidade publica federal.
Ou seja, a partir daí, o Estado atua ao lado da filantropia, e os nomes dos grandes mecenas são as famílias como: Matarazzo, Chateaubriand, entre outros.
O termo filantropia passa a ser usado nessa fase;

3ª Fase
Fase da ditadura militar, que marca o fortalecimento –por mais que possa parecer estranho- da sociedade civil. Começam atuar os movimentos sociais populares, tais como, o movimento das mulheres, da saúde e das pastorais de base.
É a época também do inicio de partidos políticos como o PT, por exemplo.
A ressalva que se faz a essa fase e que é totalmente ligada ao nosso tema central de analise aqui nessa postagem é que a partir dessa 3ª fase, o povo começa a exercer um papel que era do Estado, pode-se dizer que é a fase da dó e da pena, pois, ao ver uma pessoa que precisa de um auxilio e se vê que o governo não faz nada, é preciso agir e parar se esperar a ajuda de quem obrigatoriamente, mas teoricamente estaria lá para esse tipo de auxilio ou ajuda.

4ª Fase

Multiplicam-se a ONGs e a sociedade civil se fortalece. É uma época que o Brasil saia de uma ditadura militar passando para um processo democrático.

...

É aqui que eu queria chegar amigo leitor, na 4ª fase do desenvolvimento nos movimentos sociais, pois bem sabemos que a fase de ditadura no Brasil foi onde a mídia radical, explodiu nos nossos olhos, e as causas sociais fizeram que a mídia radical se perpetuassem de vez, e agora as ONGs, ou qualquer tipo de instituição de ajuda social usava da mídia radical para protestar, divulgar seu projeto social.
Esse crescimento imperceptível no uso da mídia alternativa se dá pelo afastamento, tanto do Estado quanto ao auxilio que ele era tarefa tanto da mídia convencional que pouco divulgava.
Passados pela história cronológica dos movimentos sociais, mas, antes de prosseguimos como o tema mídia, quero (e preciso) dizer que o assunto, movimentos sociais é extenso e aqui eu fiz apenas uma passagem para mostrar a sua ligação com o tema principal da nossa discussão, se alguém se interessar e quiser ir mais afundo na historia de vida desses movimentos, eu sugiro um autor chamado Leonardo Boff.

Continuando...

Já conhecemos os avanços dos movimentos sociais, e sabemos que a mídia radical é uma forma de se comunicar contra a opressão, ou de chamar a atenção a uma causa, ou a um grupo de pessoas que não tem voz, então basta juntarmos a fome com a vontade de comer, pois se não existe espaço para a divulgação de muitos movimentos sociais, vamos nós mesmo criar nossa mídia.
Agora sim amigo, vamos entrar na parte mais divertida da nova mídia, a criação:
Para darmos exemplos, vamos usar novamente nosso amigo John Downing, que diz que o conceito de meio de comunicação não se restringe aos tecnológicos como: TV, radio e Cinema, ele dá exemplos de mídias radicais usados que ilustram e arrematam de vez esse nosso tema, veja os exemplos do autor:
  •  As canções populares
  •  O grafite
  •  O fanzine
  •  O rock de garagem
  •  O teatro de rua
  •  História em Quadrinhos
  •  A pornografia política
  •  Os vídeos caseiros
  •  A Internet e as redes sociais
  •  As rádios livres
  •  O jornal mural popular
  •  O cordel
  •  O vestuário
  •  E Outras expressões

Tudo que esta nessa lista acima é mídia radical, porém, abra sua mente, afinal a mídia radical é você quem faz, é um meio que você encontra de se comunicar com sua rede social de forma própria, e hoje em dia com a internet em nossa cara, o que mais podemos fazer é criar. Ah, claro, nem pensei em me usar .. Esse blog que você esta agora é um exemplo de mídia radical, afinal, eu nunca conseguiria escrever o que escrevo aqui em um jornal, por diversos motivos.
Bom, é isso ai gente, espero que tenham entendido e gostado do tema e abaixo, faço uma nota de atenção a você leitor, por favor, leia.

Nota de Felipe Accacio Rigaso
Todas as informações aqui colocadas não podem e não devem ser entendidas como verdade absoluta, afinal eu ainda sou um estudante de jornalismo e a extensão do tema mídia radical, faz com que eu apenas analise de longe, isso se querer é um estudo do tema, pois eu reconheço que devo respeito a quem estudou anos e anos sobre o tema, deixo aqui uma mensagem de encorajamento para que os interessados em comunicação avancem e estudem sobre o tema. Espero que não haja confusão e que não confundam a minha opinião sobre o tema com a verdade absoluta.
Quem quiser obter mais informações sobre o tema, leia o livro (que é verdadeiramente um estudo) “mídias radicais, rebeldia nas comunicações e movimentos sociais” do autor John Downing ... É eu sei, eu citei esse livro em todas as postagens de antes, é só pra ressaltar, rs.

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