segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Western, o gênero perdido

Olá Amigos leitores, tempo tem sido uma coisa rara na minha vida, quer mais paixão jornalística que isso? Se dedicar aos estudos pela porfissão tem sido prazeroso pra mim, por isso não reclamo e sei que as palavras jornalismo e tempo livre não andam juntas, já estou acostumado.
Pois bem, para variar (ironicamente dizendo) vamos falar sobre televisão, como vocês puderam perceber no título, o tema hoje é Western.
Mas o que é Western? E por que falar dele?
Lendo um livro chamado Gêneros e Formatos da Televisão Brasileira, do autor José Carlos Aronchi de Souza tomei conhecimento maior do que foi esse gênero, (o por que ele acabou ainda não entendi) e como ele desapareceu e foi substituído, daí surgiu a idéia da postagem.
A maioria da programação da televisão brasileira hoje em dia é uma espécie de adptação ou cópia de programas americanos, seja no formato, seja no gênero ou em um simples quadro do programa, existe um traço americano na programação brasileira.
Não que isso seja uma crítica, afinal já dizia o mestre Chacrinha: “nada se cria, tudo se copia”. E se partimos do pressuposto de que Estados Unidos e Brasil formam as duas maiores culturas do mundo orientada pela TV, saberemos que a utilização de formatos ou gêneros iguais é natural.
Sabendo disso, vamos introduzir o western nisso tudo.
Western foi um gênero americano que fez sucesso no mundo todo, inclusive no Brasil, onde foi remodelado o nome e adaptadamente dublado. Tomo a liberdade de reproduzir um trecho do livro que fala sobre esse gênero que tanto fez sucesso.
[...] Um gênero genuinamente americano que praticamente desapareceu no tempo foi o western, conhecido no Brasil por Faroeste ou de Bangue-bangue. Algumas séries fizeram sucesso no mundo todo, e os episódios de Bonanza e Zorro marcaram a programação das redes em vários países, entre eles o Brasil.
A Fórmula dos seriados de faroeste veio do cinema e sua produção começou junto com a telvisão apareceu em 1947. De todos os gêneros criados pelos americanos, nenhum teve declínio tão rápido quanto o western. A explicação é a de que era uma forma arcaica de mostrar conflitos e situações dramáticas que poderiam ser mais de vinte anos de sucesso, o gênero foi substituído rapidamente no final dos anos 70 pelas séries de detetive e outras que mostram extravagâncias paramilitares e investigações da CIA. [...] José Carlos Arouchi de Souza, pág. 69, “gêneros e formatos da televisão brasileira” editora summus, 2004.

Esse gênero deixou saudades, e apesar de ser esquecido no final dos anos 70, uma emissora de televisão, a qual minha memória não deixa lembrar repassou alguns desses filmes de bangue-bangue e lembro-me de ser de extrema relevância ao meu período de infância, afinal, eu ficava encantado em ver que do revolver que o mocinho usava nunca acabam os tiros.
Quando digo que desconheço a razão de tirar do ar e discordo daquela usada no trecho acima onde a justificativa esbarra no fato de terem substituído esse gênero pelo gênero série investigativa policial (leia-se CSI), quero dizer que não havia necessidade de simplesmente esquecer esse gênero, ele poderia se modernizar sem perder a essência e poderia ainda fazer parte da infância, juventude e adolescência de muita gente.

É isso ai leitor, se você é muito novo para se lembrar desse formato, use a ferramenta youtube para conhecer o western, o eterno bangue-bangue da TV brasileira.

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