quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Matéria especial sobre os 60 anos da TV

Olá amigos, o blog iria falhar se não tivesse feito se quer uma postagem sobre o aniversário da televisão, no dia 18 eu estava trabalhando, por isso, não fui á festa que celebrou os 60 anos da TV, mas, na universidade, junto da competente colega Laís Carvalho, construímos uma matéria especial, que dei o nome de: “Histórias sobre a TV, que a TV não contou”

Abaixo segue a matéria completa e suas entrevistas, quando encontrarem as letras L e F em negrito, saibam que são as letras iniciais dos repórteres, Felipe e Laís, no caso eu e minha colega. rs

Histórias sobre a TV, que a TV não contou

No último dia 18, foi comemorado o aniversário da chegada da TV no Brasil, em alguns lares, a TV já faz parte da família, e não é mais um simples aparelho eletrônico.

Algumas histórias comuns se confundem com a história da TV, afinal, com a chegada dessa nova tecnologia, até então desconhecida, a rotina das pessoas mudou, era a grande novidade dos anos 50.

Como no caso do senhor Luiz Francfort, 71, homem que presenciou a chegada do VT no país, algo que mudou a forma de se fazer TV, quando puxamos o assunto televisão com o senhor Luiz, é inevitável não falar em Chico Anysio Show, primeiro programa do gênero humor gravado na televisão. Confira o bate-papo que tivemos com o senhor Luiz.

L e F: Como começou sua relação com a televisão?

L: Eu tinha 20 anos quando o videotape chegou ao Brasil, e antes eu não assistia muito televisão, sempre preferi o rádio, mas quando o programa do Chico Anysio entrou no ar, eu fui quase obrigado a assistir, ele é muito bom, pena que não tem espaço na TV.

L e F: Qual personagem o senhor mais gostava

L: Eu gostava de todos, ele fazia muito bem todos, mas aquele ‘Coalhada’ que imitava jogador de futebol era o melhor

L e F: O senhor largou o rádio depois que começou a assistir à televisão?

L: Claro que não, eu ouço meu rádio até hoje, eu só assistia mesmo o programa do Chico (Anysio), até o jogo do Palmeiras eu ouço pelo rádio, até hoje.

L e F: O senhor ainda acompanha o trabalho do Chico Anysio?

L: Não, ele agora não tem mais espaço, é um ótimo humorista, mas aquele programa que ele faz não é engraçado.

L e F: Qual é sua relação com a televisão hoje em dia?

L: Eu assisto o Jornal Nacional, ás vezes o futebol ou algum programa esportivo, mas não sou “vidrado” mais na TV, como antes.

O programa do Chico Anysio citado pelo senhor Luiz ficou no ar em 1960 pela TV Rio, Em 1971 ele foi recriado pela Rede Globo e acabou sendo substituído pelo programa Chico City, atração do mesmo humorista.

Se Luiz guarda na memória a TV dos anos 70, com Rubens D’Ávila não foi diferente, porém, em 1977, Rubens ainda era adolescente e tem na memória um dos programas infantis de maior sucesso da TV, o Sitio do Pica Pau Amarelo, criação baseada na historia de Monteiro Lobato, confira a historia de Rubens.

L e F: Como o senhor começou a assistir o sitio do pica pau amarelo?

R: Na época em que ia ar pela Globo (1977) eu tinha 17 anos já, mas meu irmão era menor que eu, então eu assistia junto com ele, eu não ia pras baladas como vocês jovens de hoje, a TV era uma bela forma de se distrair e o programa era bem legal.

L e F: Qual personagem do Sitio o senhor mais gostava?

R: Aquele que parecia um milho (Visconde de Sabugosa) o ar de inteligente dele era legal, ele vivia com livros na mão, era estudioso e isso fazia com que eu me dedicasse aos estudos também.

L e F: Quando o senhor parou de assistir ao programa?

R: Quando eu comecei namorar, depois que a gente conhece a menina, só pensa em levar ela para o cinema, para o parque e não em ficar em casa vendo TV.

L e F: O que o senhor achou da “reprise” que a Globo fez alguns anos atrás?

R: Eu gostei, assistia às vezes com o meu sobrinho, é bom ver que ele é fã de um programa que eu também gostava na idade dele, é uma pena que tiraram do ar.

O programa infantil Sítio do Pica Pau Amarelo ficou no ar durante nove anos, e em 2001 a emissora colocou a serie novamente no ar, recriando algumas historias e personagens, a serie dessa vez não vingou e durou pouco, em 2007 chegou ao fim, a atriz Isabelle Drummond ficou conhecida interpretando a personagem Emilia.

Em 1950 quando Assis Chateaubriand trouxe a TV ao Brasil, os aparelhos televisivos ainda não estavam na casa de todos paulistas, assim, chatô, mandou instalar televisores em pontos estratégicos das ruas de São Paulo, essa história, encontrada facilmente na internet, se confunde com a história de Adalberto Medeiros, 45, que ganhou uma televisão em uma rifa, ele nos conta detalhes desse fato.

L e F: Como foi que você ganhou a TV?

A: Eu sempre freqüentei um bar aqui perto de casa, e sempre tinha rifa lá, mas eu nunca assinei, nunca levei fé nessas coisas, mas naquela ocasião faltava só um nome e com a insistência do dono do bar, eu acabei assinando, só pra acabar com os nomes da rifa, depois de uma semana fiquei sabendo que tinha ganhado a TV.

L e F: Como sua mulher reagiu quando você chegou com a TV em casa?

A: Primeiro ela brigou comigo, por eu ter bebido de mais, depois acabou feliz, os meninos então, nem se fala, estavam doidos por uma TV nova

L e F: O que havia acontecido com a TV antiga?

A: A TV queimou, e era antiga também, a gente sabia que não ia durar muito.

L e F: O senhor passou a ter fé em jogos agora?

A: Sim, até jogo na Mega Sena de vez enquanto, quem sabe não ganho (risos)

Nesses 60 anos de televisão no Brasil de uma coisa temos certeza, todos têm uma história para contar.

E você, qual é a sua? comente.

Um comentário:

Antenor Thomé disse...

Valeu Felipe pelos comentários lá no Mural!!
Quanto a pergunta que você fez sobre a pós... Faço pós-graduação em Comunicação Jornalística na Cásper Líbero!!

Um abraço e parabéns pelo seu blog!!