terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma voz que toca o coração

Olá amigos leitores, vocês sabem dizer que foi James Clerck Maxwell? Se você não sabe, deixe-me explicar, James era professor de física e em 1863 demonstrou através de teorias, a existência de ondas eletromagnéticas, e esse estudo serviu de base para os outros pesquisadores, um exemplo que não pode ser deixado para trás é do alemão, Henrich Rudolph Hertz.

O estudo feito por esse alemão maluco foi marcante para a história da comunicação no mundo, e por isso, as freqüências e vibrações de ondas sonoras tiveram seu nome modificado, o que antes era quilociclos agora passou a ser chamado de quilohertz.

Outros nomes estiveram envolvidos nos estudos de ondas sonoras e eletromagnéticas, porém, pulemos essa parte mais física, e vamos apenas citar alguns nomes, deixando em aberto leitor, a oportunidade de uma pesquisa mais aprofundada por parte de vocês.

Nomes como, Guglielmo Marconi e do Padre Roberto Landel de Moura com certeza não podem ser esquecidos, esse ultimo era brasileiro, e infelizmente seus estudos só foram considerados importantes depois de sua morte, afinal, quando vivo, tinha a fama de louco.

Seria um erro imperdoável não falar no pai do rádio brasileiro, Edgar Roquette Pinto, carioca que mudou o cenário brasileiro da comunicação, abaixo, um trecho retirado de uma pesquisa facilmente encontrada na internet, o trecho relata 0,1% do que aconteceu na estréia desse veiculo de comunicação em nosso país.

“No ano que comemorou o I Centenário da Independecia do Brasil, ocorreu no Rio de Janeiro, por ser, na época, a capital federal, uma grande feira internacional, que recebeu visitas de empresários americanos trazendo a tecnologia de radiofusão para demonstrar na feira, que nesta época era o assunto principal nos EUA.

Para testar o novo meio de comunicação , os americanos instalaram uma antena no pico do morro do Corcovado (onde atualmente é o Cristo Redentos ). A primeira transmissão radiofônica no Brasil foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa , que foi captado em Niterói, Petrópolis, na serra fluminense e em São Paulo , onde foram instalados aparelhos receptores. A reação de Roquette-Pinto a essa tecnologia foi: "Eis uma máquina importante para educar nosso povo".

Depois da primeira transmissão no Brasil , em 1922 Roquette Pinto tentou convencer o Governo Federal a comprar os equipamentos apresentados na Feira Internacional.

Para o bem da comunicação do Brasil, Roquette-Pinto não desistiu, e conseguiu convencer a Academia Brasileira de Ciencias a comprar os equipamentos. Foi criada a primeira rádio do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1922 , e dirigida por Roquette-Pinto - atual Rádio MEC.” [...]

Trecho retirado do site Wikipédia.

Ao entrar na universidade percebi quão encantador é o rádio, e descobri mais sobre esse veículo de comunicação, lendo sobre ele, deixo aqui algumas dicas de livros, que conheço ou que já li sobre o rádio, vale a pena conferir.

  • Manual do Radiojornalismo- Heródoto Barbeiro
  • Historias que o rádio não contou - Reinaldo C. Tavares
  • Rádio: o veiculo, a história e a técnica - Luiz Artur Ferraretto
  • Jornalismo de rádio – Milton Jung
  • O rádio na Era da Comunicação- Eduardo Meditsch

Esses são apenas alguns livros de muito outros sobre o tema, deixo aqui a dica, procure ler apenas um desses livros, e verá que quando terminar, logo começara outro, pois a história do rádio é fascinante.

Paixão

Um vidro separa a mesa de áudio, do estúdio onde se encontram os microfones e alguns computadores e monitores, de lá, um homem sentado parece estar sozinho, porém, o operador daquele mesa de áudio cheia de botões faz um sinal com a mão, está no ar a rádio, e o homem precisa falar, com a voz empostada, o homem dá algumas noticias, conversa ao pé do ouvido com públicos diferentes, desde o homem de meia idade que atravessa uma grande metrópole de carro, até a dona de casa que aumenta o rádio para não ser incomodada pelo barulho que faz uma panela de pressão quando o feijão está sendo cozido.

Ah, quanta gente ao mesmo tempo ouve aquele homem falar, quantas pessoas imaginam como ele é, somente por sua voz.

O homem que fala ao microfone sorri, e então seu programa acaba, outra vez vem um sinal do operador de botões, e naquele dia, aquele homem vai para a casa sorrindo, com a satisfação do dever cumprido, aquele homem de meia idade, conseguiu sair do transito sem perceber, havia se distraído tanto com o rádio, que as horas passaram voando, e a mulher então? Por pouco não queima o feijão.

A crônica acima, eu escrevi faz algum tempo já e na verdade ele era maior e tinha um final bem legal, mas não me lembro agora, já faz muito tempo mesmo que a escrevi, esse trecho é apenas para mostrar a vocês, de uma forma mais leve, como o rádio pode ser apaixonante.

Música, jornalismo e futebol

O rádio, assim como a televisão, leva ao publico diversos gêneros e formatos de programação, afinal, a intenção é atingir todo tipo de púbico, assim, as notícias são para quem quer se informar rapidamente, pois o rádio é o veiculo mais veloz quando o assunto é furo de reportagem.

Existe também que queira apenas o entretenimento, assim, ás rádios FMs levam ao público musicas 24 horas por dia.

Ainda sobre o assunto música, não podemos deixar de citar os primeiros sucessos musicais do rádio, artistas como: Hebe Camargo, Nelson Gonçalves, Ivon Cury, Gilberto Alves, Vicente Celestino, Ataulfo Alves, Lupicínio Rodriguez, entre tantos outros eram considerados verdadeira estrelas do rádio, eu pessoalmente, sou fã desse gênero musical que transita de Bolero a Musica Popular Brasileira, passando por Bossa Nova.

Há quem diga que é mais emocionante ouvir um jogo de futebol pelo rádio do que ver na televisão.

A história do futebol se confunde com a história do rádio, dessa ligação entre esse esporte e esse veículo encontra-se muitos “causos”, passaríamos horas e horas falando sobre eles, porém, para ilustrar a história do rádio e do futebol e da paixão pelo esporte, pelo veículo e tudo mais, separei o texto da coluna do O Globo assinada pelo ator e comediante Bruno Mazzeo, inclusive, já coloquei o link dessa coluna aqui no blog, como dica, infelizmente não posso reproduzir o texto na integra, devidos aos direitos autorais, direito total do site do O Globo, porém, você encontra a publicação clicando aqui.

Essa postagem poderia ter mais 1 milhão de caracteres, eu realmente poderia ficar aqui falando sobre rádio o dia todo, então para que o texto não fique ainda maior, gostaria de parabenizar todos os radialistas do país, tenho alguns amigos nessa área e talvez eu entre no meio radiofônico em breve, assim, fica a minha pequena homenagem a todos que fazem parte de voz, que toca o coração.

Observação: Estou devendo para vocês, um texto sobre a história dos 60 anos da TV, ele já está pronto e logo eu postarei aqui, construí junto com uma amiga da universidade uma matéria super especial sobre a TV, aguardem.

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